terça-feira, 22 de dezembro de 2009

E que tal... sorrir?

Nesta noite fria, estou sentada na cama com o portátil nas pernas, sobretudo a tentar acalmar, relaxar um pouco.
Hoje foi um daqueles dias stressantes e só me apetece bufar de alguma irritação, impaciência.
Contudo, de que adianta? Vamos ser um pouco optimistas.
Assim convido-vos:

A ser jovem, a ser puro, a ser doce…

A ter a ânsia de viver, de progredir, de construir…

A ser a semente da vida, o fruto do amanhã…

A descobrir a verdade em cada mentira que se diz…

A ser a doçura do longínquo horizonte…

A nascer, viver e morrer mais feliz…

Porque por vezes é vida é muito simples, basta perseguirmos e lutarmos pelas pessoas, momentos, acontecimentos, objectivos que nos fazem felizes.
Por vezes, nós é que a tornamos demasiado complicada.
Nota: Quero agradecer a um e-mail que recebi hoje, e que serviu de inspiração. Obrigada!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Vou só ali até Londres e volto já!

É verdade, ao contrário da maioria dos mortais, hoje estou a trabalhar, não que não quisesse fazer ponte, mas porque alguém teria que ficar a assegurar os serviços mínimos.

Vinha eu a caminho do trabalho, sossegadinha, ainda a acordar e a pensar que ia ser um dia pacato e tal, e não é que desde as 08h00, hora a que cheguei começaram logo os telefonemas e questões para resolver? A boa notícia é que à cerca de uma horita o ritmo abrandou, e o resto da tarde está a ser um tédio daqueles...isto não dá para mim, tanta calma.
Sim... porque eu queixo-me, sou humana, mas como Gaja com G maiúsculo que sou, gosto é de movimento e de dias stressantes, quando o tempo voa e nem damos por ele de tão embrenhados que estamos no nosso trabalho.

Ok o dia começou agitado... tudo bem estou meia sonolenta porque para não variar dormi pouquissímo... mas sabes que mais? Hoje, para fugir à rotina, vou sair a horas, e sabem que mais? Vou ao cabelereiro pôr-me giraça (sim coisas de Gaja), depois passo por casa, largo as coisas do trabalho, substituo o Casaco Clássico pelo meu Kispo de penas branco, lindíssimo e quentinho, pego na Malinha, e... rumo a LONDRES!!!!

Serão apenas dois dias, esta viagem proporcionou-se porque vou ver um concerto, mas confesso que me irá saber bem, este ano as férias de Verão foram para esquecer, num stress constante. Portanto irá fazer-me um bem enorme à alma afastar-me um pouco de tudo, desligar este botãozinho das preocupações quotidianas, perder-me na música, naquele frio gostoso, nas ruas repletas de gente, naquele frenesim habitual (pronto e agora estou com saudades de New York City...adiante!). Vai ser bom, muito bom!

E amanhã, lá estarei no meu melhor. O vestidinho preto e a botinha alta para o concerto já estão na mala, porque uma noite especial é sempre uma noite especial, mesmo tendo consciência de que vou rapar um friozinho mais ou menos e só me vai apetecer roubar um camisolão bem quentinho a alguém! Mas é por uma boa causa, e convinhamos, Gaja que é Gaja não pode ir ver um concerto daqueles de Jeans! Afinal, faz parte do encanto...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Serei uma boa mãe?

Um dos poucos sonhos que mantenho desde tenra idade, é o sonho de ser mãe.
Não acredito que todas as mulheres necessitem da maternidade para se sentirem completas, é uma ideia básica, pré-concebida. Conheço muitas mulheres que não foram mães e não são mais ou menos felizes por isso, têm outras prioridades na vida, uma personalidade que possivelmente não se adaptaria ao simples facto de terem que deixar de estar em primeiro lugar, para amarem um filho acima da sua própria vida. É verdade.

Sempre sonhei quantos filhos iria ter, se eram rapaz ou rapariga, pensei em nomes, acho que é normal. Confesso que a partir de determinada idade, este pensamento deixou de ser predominante na minha vida, porque a maternidade jamais deverá ser um acto de egoísmo e sim partilhado. Conheci casos diversos, mulheres que andaram em esquemas duvidosos até engravidarem… mulheres que casaram com o protótipo de homem que possuía a situação financeira e a postura que pretendiam para o pai dos seus filhos, e que abdicaram do homem que amavam… mulheres que tiveram um companheiro temporariamente ate engravidar e chegaram ao cúmulo de terminar a relação sem os informarem que iriam ser pais.
Também conheço o inverso, mulheres que foram abandonadas pelos namorados, quando descobriram a sua gravidez.

Sempre quis ser mãe… sempre tive a certeza que iria ser uma boa mãe… numa primeira fase sonhava em casar com o homem que seria o pai dos meus filhos, depois perdi um pouco a fé no casamento, e concluí que mais importante do que isso é a existência de um amor forte e sólido.
Como será? Não sei, não faço futurologia, e muito menos neste momento da minha vida me atrevo a tentar adivinhar o que quer que seja, sendo que a Adopção para mim, constitui uma opção, não menos válida. Adoptar uma criança e criá-la como se tivesse ganho vida e contornos dentro de nós mesmas, na verdade, não entendo qual é a diferença, na verdade não entendo a existência de tantos preconceitos relativamente a isso.

Mas tenho dias em que chego a casa tão cansada do trabalho, sem paciência depois de um dia em reuniões, a atender telefonemas, a resolver problemas, que penso para mim ‘’Será que darei mesmo uma boa mãe? Será que tenho o que é necessário? Será que terei paciência para o meu filho?’’.
Acreditem, são muitos os dias em que estas dúvidas surgem, tal é o meu grau de exaustão, em que só me apetece tomar um banho bem quente e cair na cama.

Depois… estou com a minha sobrinha que tem quase 3 anos, é uma criança linda…perfeita…adorável... parecida comigo em alguns aspectos, não fisicamente, apenas herdou as minhas orelhas pequenas... mas sim em termos de temperamento, personalidade.

E fico a olhar para ela enternecida num tempo sem fim… a observar cada gesto que faz… a sorrir a cada palavra que pronúncia. E esqueço o cansaço, seja que dia for, da semana ou fim-de-semana.
O meu peito é inundado por uma felicidade extrema, um amor incondicional, e dou comigo a brincar com ela… a educá-la… a não a deixar comer doces antes das refeições… a insistir para ela comer a ‘’xixa’’ e o arroz todo… a cantarolar as músicas do infantário com ela… a levá-la inúmeras vezes à casa-de-banho, porque não aceita que seja outra pessoa a fazê-lo que não eu, quando está comigo… a lavar-lhe as mãozinhas pequeninas… a fazer-lhe as vontades quando vem ter comigo a pedir para fazer outros totós ou colocar os ganchinhos cor-de-rosa de outra forma, enquanto diz ao pai numa fala ainda muito imperfeita, mas já compreensível ‘’Nãooo! Não sabes papá. Quero que seja a S.’’.
E aí… aí as minhas dúvidas desvanecem-se por completo e a certeza apodera-se de mim, nesse momento tenho a certeza que serei uma boa mãe, que serei capaz de colocar o meu filho em primeiro lugar e esquecer-me um pouco de mim. E que chegarei a casa, mesmo exausta e terei sempre um pouco de amor, de carinho, de boa disposição para lhe dar. E isso deixa-me simplesmente feliz…

Quando? Tão cedo não será… mas talvez um dia.
Este post é dedicado à minha sobrinha, que ainda nem sabe ler, mas que amo incondicionalmente.